Em um mundo cada vez mais conectado, inovação e segurança no ecossistema tornam-se pilares da confiança entre consumidores, empresas e instituições financeiras. À medida que transações migram do físico para o digital, garantir a integridade dos pagamentos é essencial para proteger dados sensíveis e evitar prejuízos.

Os Pilares Fundamentais de Segurança

A Visa desenvolveu um Roadmap de Segurança para o Brasil para guiar soluções até 2025. Este plano define quatro pilares-chave que sustentam a jornada de pagamento com foco em eficiência e proteção:

• tecnologias de identificação e verificação de usuários que validam as transações em tempo real;
• Protocolos avançados de autenticação, como EMV 3DS, garantindo robustez contra fraudes;
• tokenização no Visa Token Service, que substitui dados sensíveis por tokens únicos;
• Armazenamento em nuvem seguro com o Visa Cloud Token para pagamentos via aplicativos e mensageiros.

Esses pilares convergem para oferecer soluções inteligentes e tecnológicas que acompanham tendências de digitalização, permitindo que cada etapa do pagamento seja monitorada e protegida contra ameaças emergentes.

Padrões Internacionais: PCI DSS e SSF

O Payment Card Industry Data Security Standard (PCI DSS) é uma referência global com 12 requisitos técnicos e operacionais. Seu objetivo é reduzir o risco de vazamento de informações de cartão, garantindo que todas as empresas mantenham um ambiente de pagamento seguro.

• Criptografia de ponta a ponta para dados em trânsito e em repouso;
• Tokenização para substituir números de cartão por identificadores seguros;
• Sistemas de autenticação multifator, CVC/CVV e biometria;
• Ferramentas de prevenção de fraudes com machine learning e análise comportamental;
• Controle de acesso baseado em funções (RBAC) e princípio do menor privilégio;
• Monitoramento constante da infraestrutura para alta disponibilidade.

Complementando o PCI DSS, o Software Security Framework (SSF) oferece um conjunto de padrões para design e desenvolvimento de software de pagamento moderno, promovendo certificações que atestam a conformidade de aplicações críticas.

Panorama das Regulamentações Brasileiras

O Banco Central do Brasil atualizou seu arcabouço regulatório em 2025, publicando as Resoluções nº 496 e nº 497, que redesenham regras para o Pix e outros sistemas. Entre as principais mudanças:

Além disso, a norma de Banking as a Service reforça a transparência e segurança do sistema financeiro, estabelecendo KYC rigoroso, governança corporativa e mecanismos de compliance para serviços como Pix, boletos e concessão de crédito.

A Instrução Normativa nº 2219/2024 da Receita Federal equipara fintechs a bancos tradicionais no uso do e-Financeira, assegurando sigilo bancário e ampliando a rastreabilidade de operações, sem expor a natureza dos gastos.

Motivações e Impactos para o Usuário

As recentes regulamentações surgiram como resposta a operações policiais que desarticularam esquemas de lavagem de dinheiro via fintechs. Limitações de transações via Pix e TED foram impostas para resguardar o Sistema Financeiro Nacional e restaurar a confiança da sociedade.

Para o usuário final, essas medidas significam mais proteção contra fraudes, maior visibilidade das operações e a certeza de que dados sensíveis estão sendo tratados com rigor técnico e legal.

Melhores Práticas para Usuários e Empresas

Além da conformidade regulatória, adotar práticas recomendadas pelas maiores autoridades do setor faz diferença no dia a dia:

• Manter dispositivos e aplicativos sempre atualizados;
• Usar redes privadas ou VPNs confiáveis em transações;
• Desconfiar de ofertas fora do padrão ou links suspeitos;
• autenticação multifator e senhas fortes para todas as contas;
• Monitorar extratos e notificações em tempo real;
• Investir em treinamentos de segurança para equipes internas.

Empresas, por sua vez, devem implementar frameworks de segurança desde o desenvolvimento até a operação, garantindo auditorias periódicas e certificações independentes.

O Futuro dos Pagamentos Digitais no Brasil

Adriana Umeda, diretora executiva de Risco da Visa Brasil, destaca: “As constantes evoluções nos meios de pagamento exigem soluções que viabilizem com que toda a jornada de pagamento seja feita de maneira segura, não só evitando fraudes, mas fazendo isso de maneira inteligente e eficiente.”

O avanço das tecnologias de tokenização, inteligência artificial e autenticação biométrica promoverá um ambiente cada vez mais resiliente. Consumidores ganharão agilidade e tranquilidade, enquanto empresas reforçarão sua reputação ao demonstrar compromisso com a proteção de dados e inovação.

Em um país que valoriza a inclusão financeira, políticas robustas de segurança dos pagamentos digitais são fundamentais. Elas garantem que a transformação digital atenda a todos com confiança, moldando o futuro de um sistema financeiro mais acessível e seguro.